Próximo à Virada para o Ano 1.000 AD

O escritor austríaco-americano Richard Erdoes, autor do livro “A.D. 1000: Living on the Brink of Apocalypse” (“1000 d.C.: Vivendo à Beira do Apocalipse”, em tradução livre), conta que a expectativa pelo retorno de Cristo dominou “não só o ano 999, mas todo o século que o precedeu”. Segundo o livro, lançado em 1988, as pessoas da época imaginavam que o Armagedom viria na noite de Natal ou à meia-noite, na virada de 999 para o ano 1000.

Às vésperas da data, centenas de fieis doaram seus bens à Igreja para garantir um lugar no céu. O Papa Silvestre II celebrou uma missa diferente na virada do ano, com rituais religiosos especiais. Como o mundo não acabou, surgiram lendas, em torno do pontífice, de que ele teria recorrido à ajuda de magos árabes – ou até feito um pacto com o diabo.

Não há notícias de que as doações tenham sido revertidas.

A falsa indicação e interpretação da data, os 1.000 anos após a Primeira Vinda de Cristo, provavelmente, decorre da falta de uma doutrina consistente, portanto bíblica, sobre o Milênio. A interpretação católica, mesmo antes do Concílio de Éfeso, no século V, era (a ainda é), que o milênio iniciara com a vinda do SENHOR, quando César Augusto era o imperador romano. Em decorrência dessa interpretação (amilenarista ou amilenista – sem milênio), não haveria milênio após a Segunda Vinda, mas a partir da Primeira Vinda. Como nada aconteceu, os “teólogos” passaram a usar a Teoria de que os 1.000 anos não eram literais, mas 1.000 anos num “contexto espiritual” (ou alegórico). O que eles não conseguem explicar até hoje é que todos os outros eventos numéricos citados no Apocalipse são literais, exatamente como foram escritos, são sete igrejas, sete selos, quatro cavaleiros, sete trombetas, sete taças, duas bestas… Enfim, isso será assunto de outros artigos sobre o Milênio, sobre a Teologia da Substituição e sobre como os interesses políticos fizeram com que houvesse falsas interpretações das Profecias Bíblicas sobre o tempo do fim.

endtime-papa-silvestre-ii

O pior de tudo é que os ditos “Reformadores” engoliram “redondo” os erros da escatologia da Igreja de Constantino e “grande mestre” após “grande mestre”, ninguém admite discutir esses dogmas que levam a gritantes erros de interpretação bíblica e roubam do povo a Esperança.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.