O número 666 tem um significado místico-cabalístico que transcende aquele registrado como “a marca da besta” no livro de Apocalipse (13:18). As pessoas até suspeitam que o número 666 tem alguma, digamos, “maldição embutida”, embora nem sempre saibam exatamente a sua origem. Imagine agora como se sentiam os europeus às vésperas do ano 1666, sobretudo no ano de 1665, quando uma praga matou 100 mil pessoas em Londres, o que equivalia a 20% da população local à época.
Se já havia rumores de que o fim do mundo se aproximava, a praga só os reforçou, até que no dia 2 de setembro de 1666 um incêndio aparentemente inofensivo começou numa padaria da Pudding Lane e, rapidamente, se alastrou pela cidade em cerca de treze mil edifícios e dezenas de milhares de casas durante três dias do mais absoluto terror. Apesar do pânico gerado (por motivos urgentes e reais, registre-se), quando o fogo baixou e as cinzas se assentaram, pouco menos de dez pessoas morreram, e o fim do mundo foi adiado mais uma vez.
